segunda-feira, junho 6

News TV - Segunda

> Notícias da TV, por MARCOS SILVÉRIO <


Globo estreia telejornais nos EUA e Europa


A partir deste domingo (5), a Globo investe em telejornais internacionais.

"Globo Notícia América" e "Globo Notícia Europa" estreiam na Globo Internacional, para 100 mil assinantes nos EUA e 50 mil na Europa.

Segundo a coluna Outro Canal, novas versões para outros países já estão sendo estudadas.

Com sedes em Nova York e Londres, respectivamente, os noticiários serão semanais e irá ao ar sempre aos domingos, com notícias e prestação de serviços de interesse dos brasileiros que moram nas regiões.

O "Globo Notícia América" será comandado por Mila Burns, enquanto a versão para a Europa será apresentada por Ana Carolina Abar.

Fonte: na Telinha


Veja como será o vestido de noiva de Norma


Norma (Glória Pires) vai usar um figurino clássico no dia de seu casamento com Teodoro (Tarcísio Meira) em “Insensato Coração”. Com o cabelo preso, um par de brincos e um broche, a enfermeira vestirá um blazer e uma saia comportadas durante o enlace, que acontecerá na casa do ricaço.

A cerimônia será bem reservada e terá poucos convidados, entre eles Vitória (Nathalia Timberg), Oscar (Luigi Baricelli) e Gilda (Helena Fernandes). A cena está prevista para ir ao ar esta semana.

Fonte: UOL TV


Globo constrói cidade cenográfica para "O Astro"


Contrariando os planejamentos, a Globo está erguendo no Projac, seu centro de produções no Rio, a cidade cenográfica de "O Astro".

A trama, que está sendo adaptada por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, contará com uma reprodução do bairro da Penha, também do Rio de Janeiro, para ilustrar o dia dia dos personagens. Entre as principais fachadas da cidade estarão a igreja e a casa de shows onde o protagonista Herculano, que será interpretado por Rodrigo Lombardi, se apresentará.

Inicialmente, a emissora não planejava investir em tal recurso, porém, mudou de ideia e foi mais além, afinal o folhetim também contará com efeitos especiais de cenografia.

Fonte: Na Telinha


Novo reality gera disputa na Record


Ainda em fase de pré-produção, o reality show "Amazônia" está gerando uma disputa interna na Record. O ex-global Victor Fasano foi escalado para comandar o programa, mas corre o risco de perder o posto para o casal de namorados Álvaro Garnero e Cristiana Arcangeli, que demonstrou forte interesse pela atração. Formato da Endemol, produtora do "Big Brother Brasil", da Globo, "Amazônia" contará com 12 participantes, entre celebridades e empresários, que ficarão confinados em um acampamento na floresta amazônica e serão submetidos a provas que envolvem responsabilidade social e sustentabilidade. Por ora, o prêmio do reality será de R$ 1 milhão.

Fonte: Zapping


Claudia Leitte cantará na final do "Ídolos"


A cantora Claudia Leitte será a grande atração da final do reality show "Ídolos", da Record.

Claudia já demostrou gostar do programa. "Acho que é muito importante dar espaço a novos talentos. É bom para a música e para cada artista envolvido", declarou.

Ela cantará no palco do reality seus maiores sucessos, como "Famo$a", "Extravasa" e "Água".

A final do "Ídolos" será exibida ao vivo no dia 14 de julho, direto da casa de shows Via Funchal, em SP.

Fonte: na Telinha


Ex-RBD volta ao Brasil a convite da Globo


A ex-RBD Dulce Maria, que no fim do mês passado esteve no Brasil para realizar a "Extranjera On Tour" e passou por seis cidades, voltará ao país nesta semana.

A produção do "Altas Horas" convidou a estrela mexicana para participar do programa voltado para os jovens. A gravação ocorrerá na próxima quinta-feira (9), nos estúdios da Globo em São Paulo.

Além de conversar com o apresentador Serginho Groisman, Dulce deve cantar seus maiores sucessos, entre eles "Ya No" e "Inevitable".

Depois da gravação do programa, a mexicana deixará o Brasil novamente para continuar a "Extranjera On Tour" pela América Latina.

Em tempo - A única ex-RBD que já participou de um programa da Globo a nível nacional foi Anahí. Em 2009, a mexicana esteve no "Programa do Jô", onde falou sobre sua vida, RBD e cantou as músicas "Mi Delírio" e estreou a canção "Hasta Que Me Conociste".

Fonte: Na Telinha


Daniele Suzuki mostra barrigão de nove meses


Prestes a dar à luz - a previsão é de que Kauai nasça até o próximo dia 20 - Daniele Suzuki posou para as lentes de Georgeana Godinho com nove meses de gestação. A atriz fez um ensaio fotográfico na praia de Grumari, Zona Oeste do Rio. Como a maioria das futuras mamães, ela fez questão de registrar em fotos o barrigão de grávida.

Kauai é o primeiro filho de Dani e de seu marido, Fábio Novaes. Conforme adiantou ao blog, a atriz pretende fazer um parto humanizado, sem anestesia e ao som de uma trilha sonora instrumental que ela já escolheu.

- Quero que corra da maneira mais natural possível - disse.

Fonte: Patrícia Kogut


Serginho Groisman fala sobre o "Altas Horas"


Muitas vezes, os jovens são vistos como problemáticos. Talvez por isso seja tão difícil encontrar a melhor maneira de lidar com eles, principalmente para quem já passou dessa fase. Mas Serginho Groisman parece ter descoberto um jeito eficaz de se aproximar do complexo público. Tanto que, há cerca de vinte anos, apresenta programas voltados para esse segmento. Só no comando do "Altas Horas", está há um pouco mais de dez anos.

Antes disso, ficou oito anos no SBT, à frente do "Programa Livre", e também trabalhou na TV Cultura e na TV Gazeta. "Aqui na Globo, foi o lugar onde fiquei mais tempo na minha vida até hoje", constata. De acordo com Serginho, para conquistar o adolescente é preciso, antes de qualquer coisa, não querer se comportar como ele. "Depois, é preciso ser mais jornalista do que um mestre de cerimônias que tem muitas coisas a dizer. É ser um intermediário", explica. "Às vezes, fico meio escondido. Acho que isso dá uma longevidade ao programa", completa.

O interesse pelo jovem, aliás, começou há bastante tempo, quando Serginho era responsável pelo departamento cultural do Colégio Equipe, em São Paulo. Na ocasião, ele promovia encontros musicais em plena Ditadura. "Até hoje ninguém sabe por que nada ali foi proibido", recorda o apresentador, que teve a chance de conhecer grandes nomes da música, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elba Ramalho e Raul Seixas, entre outros. "Levei até Luís Carlos Prestes para fazer um debate. Houve encontros incríveis: Gonzagão com Gonzaguinha, Cartola com Nelson Cavaquinho...". Ao mesmo tempo em que Serginho ia aprimorando seu gosto musical, aprendia a lidar com a plateia. "Acho que esse foi o pontapé de me apresentar no palco e gostar sempre de música. E música variada", frisa.

No programa, é justamente a variedade que ele preza, seja musical ou nos convidados que recebe. Logo no primeiro "Altas Horas" que foi ao ar, aconteceu um debate com três detentos que haviam saído da prisão, e o deputado Conte Lopes. Em outra oportunidade, Erasmo Dias, que nos anos 70 havia invadido a PUC SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) como comandante da polícia, ficou cara a cara com uma menina que estava na universidade na época e foi queimada por uma bomba de gás lacrimogêneo.

Provavelmente, esse tipo de pauta não caberia em outro programa e, muito menos, em outro horário. Por isso, Serginho acredita que a grade, apesar de tarde, seja ideal para a proposta da produção. "Acho que é um horário bom para tudo, bom para experimentar. Coloco uma entrevista de 14 minutos no ar. Em outro horário, não sei o que pode acontecer nessa briga pela audiência", analisa.

Além disso, é possível trazer artistas menos comerciais. Nos dez anos de existência, o "Altas Horas" já recebeu Hermeto Pascoal, Sivuca e Egberto Gismonti, entre outros. "Esse programa, do jeito que ele é, não sei se no horário nobre seria considerado um risco", diz. Mesmo constatando muitos convidados interessantes já passaram pelo programa, Serginho admite ter os seus "sonhos de consumo". "Eu gostaria de trazer pessoas que não virão, como o João Gilberto, o Chico Buarque, que dificilmente iriam aceitar".
Mas, o que ele mais quer mesmo é que o programa não dependa tanto assim de seus convidados para atrair o público. "Queria que, com o tempo, as pessoas se habituassem aos quadros e que os entrevistados fossem importantes, mas não o fator mais importante", afirma.

Fonte: UOL TV

Ana Lúcia Torre conta os segredos de Tia Neném


Aos 66 anos, a manauense Ana Lúcia Torre, a Tia Neném de “Insensato Coração”, da Globo, diz viver um dos melhores momentos de sua carreira de 34 anos na TV. Em entrevista exclusiva ao UOL, a atriz –que estreou na novela “Dona Xepa”, exibida em 1977 na Globo –afirma que está lisonjeada com a repercussão da fofoqueira personagem e revela que tem se surpreendido com o sucesso de Tia Neném com o público masculino. “Muitas mulheres me falam que os maridos não gostam de novela, mas elas têm que chamá-los na hora que eu entro. A Deborah Secco me falou que o Roger [marido da Deborah] não assiste à novela, mas que ela precisa chamá-lo quando entra a Tia Neném [gargalhadas]. Fiquei lisonjeadíssima”, conta.

Ao contrário de Tia Neném, que não tem filhos e adoro dar pitaco na vida dos sobrinhos, Ana Lúcia diz ser avessa à fofoca. Em comum com a tia de Léo (Gabriel Braga Nunes) e Pedro (Eriberto Leão), ela só tem o bom humor. “Sou uma palhaça. É uma farra na minha casa [risos]. Moro com a minha mãe, Antonieta, de 86 anos, e tenho dois netos: o Marcos, de 5 anos, e o André, de 3, com quem brinco, rolo no chão”, diz ela, que tem um filho único, Pedro, pai dos dois meninos.

Com a carreira mais voltada para o teatro, e, de uns tempos para cá, para o cinema, Ana afirma que só agora, depois de três décadas na TV, tem se sentido à vontade em frente às câmeras. “Depois de tantos anos de carreira, estou me sentindo à vontade nos três veículos [risos]. Mas custou! Porque só me sentia mais à vontade, um pouco mais à vontade, no teatro. Agora não, tudo é gostoso”, declara ela, aproveitando para revelar o que mais gosta na profissão de atriz: “Estudar a vida inteira e saber que vou poder trabalhar até os 90 anos de idade, coisa raríssima em outras profissões [risos]”. Leia a seguir a entrevista com Ana Lúcia:

Em "Insensato Coração", o núcleo de personagens que vivia em Florianópolis deixou a cidade. Qual será o destino de Tia Neném na novela?
Tia Neném vai para o Rio [risos].

E ela vai morar aonde?
É lógico que, de cara, ela vai para a casa da Wanda (Natália do Vale), que é o apartamento do Leo (Gabriel Braga Nunes). As duas vão continuar brigando muito e aí ela vai para o bar do Gabino (Guilherme Piva), vai para a Gamboa, para a casa do Raul (Antonio Fagundes), para a casa de Natalie (Deborah Secco).


Mas qual vai ser a desculpa para ela se mudar de Florianópolis para o Rio?
Uma homenagem que vai ter para o Léo (Gabriel Braga Nunes). Então a desculpa é participar de uma homenagem a esse sobrinho tão querido, né? [fala como se fosse a Tia Neném]. Mas ela vem com uma mala descomunal de grande. E a Wanda fica louca com o tamanho da mala.

Então Tia Neném vai morar de vez no Rio?
Estou achando que ela vai ficar. Gostaria que ela fosse para a casa da Fabíola (Roberta Rodrigues). Imagina? Ia enlouquecer a Fabíola e encher a cara no bar do Gabino todo dia. Uma delícia! [risos]

Quando o diretor Dennis Carvalho te convidou para a novela , ele avisou que a Tia Neném não ficaria até o fim da trama...
É. Eu ficaria no máximo até abril, mais ou menos, metade da novela. Ele e o Gilberto [Braga] me garantiram isso.

UOL – E muita gente torce para que ela fique até o fim da trama, em agosto. A que você atribui esse sucesso todo da Tia Neném?
Segundo o que soube pelo pessoal do site da novela, parece que começou a chegar muito e-mail pedindo para ela ficar. E realmente é uma coisa tão incrível! Por exemplo, quando fiz a Débora em “Alma Gêmea” foi um sucesso aquele personagem, mas não chega aos pés do que está acontecendo hoje com a Tia Neném, que é um personagem pequeno dentro de toda a trama. Ela não tem uma função determinante na novela. Ela é a parte relaxada. Gravo pouco. E é uma festa sair na rua.

O que as pessoas mais falam para você?
Primeiro que elas já vêm dando risada, dizendo que se divertem muito com a Tia Neném. Muitas mulheres –ontem mais uma me falou isso – que os maridos não gostam de novela, mas elas têm que chamá-los na hora que eu entro. A Deborah Secco me falou que o Roger [marido dela] não assiste à novela mas que ela precisa chamá-lo quando entra a Tia Neném [gargalhadas]. Fiquei lisonjeadíssima.

Então ela faz sucesso com os maridos da casa?
Os maridos todos [risos]. E outra coisa que é muito comum eu ouvir é o seguinte: “eu tenho uma Tia Neném na minha família”. Acho que as pessoas se identificam e também tem a brincadeira porque ela é a parte leve da novela. Realmente é uma novela que tem núcleos bastante pesados. E a Tia Neném não. É uma ilhazinha no meio desse tumulto, que é normal, cada um tem a sua história, as histórias são fortes. E ela não. Ela vem para dar um respiro em momentos de muita tensão, eu acho.

Como foi o processo de composição da Tia Neném? Você se ateve apenas ao texto do Gilberto Braga e do Ricardo Linhares ou buscou inspiração em alguma pessoa conhecida? Conhece alguma Tia Neném?
As referências que eu tinha eram simples: uma mulher fofoqueira, que bebe escondido. Não tinha muita coisa, até porque a Tia Neném não temuma vida particular que tenha uma história própria dela. Mas eu acho assim: eu tenho de 36 para 37 anos de carreira. Já transitei por personagens que tinham características muito interessantes. Fora isso, acho que todo mundo tem uma vizinha que extrapola um pouco na fofoca, uma tia ou uma avó que quer chamar a atenção. Às vezes até e principalmente porque são pessoas muito solitárias. Então fui pegando um pouquinho dali e aí ela veio vindo, devagarzinho. Não foi nada assim: “ela será assim”. Eu fui fazendo, falando e ela foi indo, indo, até que tomou uma forma.

Mas ela sempre teve a função de ser divertida dentro da trama? Nunca houve o propósito, por exemplo, de abordar questões mais sérias, como o alcoolismo, por exemplo, através dela?
Não, não. Até porque ela não é alcoólatra. Absolutamente. Ela só bebe um licorzinho, fecha a porta e acabou o licorzinho [risos]. Ela não tem essa conotação de alcoolismo. Ela extrapola nas festas e solta mais a língua do que deve. E o básico era esse. É o personagem mais engraçado da novela. Isso foi o que me foi dito desde o início.

Quando você acha que foi o auge do humor dela?
Acho que foi naquela fase em que ela ficou morando com a Wanda (Natália do Vale). Foi maravilhoso aquilo! A gente adorou, eu e a Natália. Tanto que quando a Tia Neném mudar para o Rio de Janeiro, ela vai direto para a casa da Wanda. E ela enlouquece. E pergunta: “escuta, vai ficar aqui até quando, Tia Neném?”. E eu respondo: “você ficou na minha casa quanto tempo?”. É assim. É nesse nível [risos].

Até porque a Wanda também tem um quê de trapaça...
É. Ela tem todos! [risos] Um dia eu lembro que a Tia Neném falou para a Wanda que o Leo tinha a quem puxar.

Sua primeira novela foi “Dona Xepa”, também do Gilberto Braga, né?
“Dona Xepa” foi uma coisa fantástica porque o meu personagem, a Glorita, é uma coisa inesquecível. Ela era a antagonista da Xepa e cômica. Era uma delícia! Ela queria de qualquer forma pertencer à alta sociedade. Mas não tinha educação para isso, não tinha dinheiro, não tinha nada. Fazia umas coisas muito loucas. Foi um personagem queridíssimo na época. E depois nunca mais fiz Gilberto.


Por quê?
Não sei. Nunca mais fui chamada para fazer outra novela dele. Fiz muito mais teatro do que televisão nesses anos todos.

E você também morou um tempo fora, na Europa?
É. Mas comecei a minha carreira profissional depois que voltei da Europa. Já fazia teatro amador. Mas quando voltei que comecei o profissional. Na televisão, realmente fiz coisas de muito sucesso, mas trabalhava por obra. Então fiz “Dona Xepa”, “Tieta”, em que eu fazia uma hipocondríaca, que vivia de luva, tinha medo de micróbio. Depois fiz um outro personagem fantástico em “A Indomada”. Era mulher do Ary Fontoura, que tratava ela como um zero à esquerda, chamava ela de burra, idiota, isso, aquilo, aquilo outro. E ele tinha um casinho com o personagem da Eva Wilma. No final, eu tiro toda a grana dele e viro prefeita da cidade. Quer dizer: a aparente burrice era só aparente. De burra ela não tinha nada. Eu nunca me esqueço do dia em que meu personagem mostrou ao marido que tinha tirado tudo dele – porque ela era vítima de maus tratos... Eu estava andando em Botafogo [zona sul do Rio] e escuto uma buzina na calçada. Quando eu olhei era uma Kombi aos pedaços, e um homem desdentado, dentro dela, gritando: “e aí? Muito bem! Arrancou todo o dinheiro do velho! Eu bati muita palma ontem na novela!”. Foi uma gritaria, todo mundo parou na rua para ver, foi uma delícia! [risos] Mas nunca como a Tia Neném.

E o curioso é que você estreou na TV em uma novela do Gilberto Braga e é com um personagem também dele que você está se consagrando no veículo, né?
Fora o “Alma Gêmea” que foi um papel muito sério –ela era a vilã. Na verdade, a mãe que comandava as vilanias da filha. Fora esse  personagem, tanto “Tieta” quanto “A Indomada” e “O Cravo e a Rosa” e “Sete Pecados”, que eu fazia uma anja doida de pedra, e a Tia Neném, todos são personagens bem cômicos. Eu adoro fazer comédia.

A que você atribui o fato de ser vira-e-mexe convidada para fazer personagens cômicos na TV?
Não sei. O Walcyr [Carrasco] me convidou para fazer o papel de “Alma Gêmea”, que era terrível, seríssimo, dramático, e eu lembro que uma vez ele foi me ver no teatro, fazendo um Molière. E no final do espetáculo ele virou para mim e falou: “Ana, você é muito engraçada! Vamos embora fazer comédia!”. E, em seguida, ele me deu a anja de “Sete Pecados” que era doida. Já começava caindo no telhado. E não podia ver homem que ficava doida. Então eu não sei... Foi legal do Walcyr ter me visto em uma outra coisa. E aí pronto: estou eu aqui.

Mas você prefere fazer comédia?
Eu gosto de qualquer coisa. Adoro trabalhar. Agora, comédia eu gosto muito. Só que comédia é muito mais difícil. Já fazer chorar, você vai pela emoção e faz a pessoa chorar. Fazer rir é bem mais difícil. O difícil da comédia é você achar a linha exata entre o deboche e a caricatura. Porque entre a comédia e o drama existe, eu diria, só meio degrau de diferença. Porque na comédia, você fazer as pessoas rirem, e fazer isso durante meses, você tem que fazer com muita seriedade, com uma verdade absoluta. Quanto mais de verdade você fizer, mais ela vai ficar engraçada.

Você acha que o humor é o que mais te aproxima da Tia Neném? Você é engraçada no dia a dia?
Sou uma palhaça. É uma farra na minha casa [risos]. Eu moro com a minha mãe, Antonieta, de 86 anos, e tenho dois netos: o Marcos, de 5 anos, e o André, de 3, com quem brinco, rolo no chão. Mas também sou séria. Na hora que o negócio aperta, “vovó Ana” [como eles me chamam] fica séria.

Você está em cartaz com alguma peça no teatro?
Fiquei em cartaz no Rio com a peça “Quanto Tempo da Vida Eu Levo Para Ser Feliz?”, no CCBB, mas já não estou mais. Mas vou fazer um espetáculo em São Paulo, com direção do Alexandre Reineck, que também é uma comédia, por acaso. Porque acabei de fazer antes dessa “Quanto Tempo da Vida Eu Levo para Ser Feliz?”, em São Paulo, uma peça seríssima chamada “Seria Cômico Se Não Fosse Sério”, de Dürrenmatt. Linda a peça! E agora vou fazer “Como Se Tornar Uma Super Mãe em 10 Lições”. É claro que é uma mãe judia. A peça deve estrear em janeiro, em São Paulo.

E o cinema? Em 2010, foi lançado o filme “Reflexões de Um Liquidificador”, em que você atua...
O cinema tem me dado uma enorme satisfação. Este ano ganhei dois prêmios por causa desse longa do André Klotzel. Acabou de sair em DVD e é um filme genial. É um roteiro absurdo, muito bom.


Então você gosta de transitar por todos os veículos: TV, teatro e cinema...
Gosto. Cada um tem a sua característica, evidentemente, e agora, depois de tantos anos de carreira, estou me sentindo à vontade nos três [risos]. Mas custou! Porque só me sentia mais à vontade, um pouco mais à vontade, no teatro. Agora não, tudo é gostoso.

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