> Notícias da TV, por MARCOS SILVÉRIO <
"Fantástico" mostrará a Copa em "alta definição"
O “Fantástico” foi o programa escolhido pela Globo para apresentar ao telespectador, com todos os detalhes, seu esquema de trabalho durante a Copa do Mundo e os recursos que estarão disponíveis. Vai ao ar na edição de 6 de junho.
Além da quantidade de profissionais, número de jogos, horas no ar, programas, boletins e outros do gênero, o grande destaque, sem dúvida, serão as novas tecnologias, como o HD e os testes em 3D.
Promete ser a Copa da alta definição.
Fonte: Flávio Ricco
“Nós, Brasileiros” ocupará o lugar do “Globo Mar”
O jornalístico escolhido para substituir o bom “Globo Mar”, “Nós, Brasileiros”, tem previsão de lançamento para 17 de junho na Globo.
Trabalho dos repórteres Edney Silvestre, Marcelo Canellas e Neide Duarte, destacando histórias de anônimos, que através de ações sociais conseguiram mudar a vida de outras pessoas.
Exemplos, portanto, de solidariedade e superação.
Flávio Ricco
Marília Gabriela começa no SBT, mas não sai do GNT
Amanhã, Marília Gabriela deve fazer fotos de divulgação e os primeiros testes de luz no seu novo cenário do SBT.
A estreia do “De Frente com Gabi”, a princípio, está prevista para o dia 6 de junho. Tudo certo e muito bem encaminhado.
Gabi, inclusive, está no aguardo de uma comunicação do Jurídico da Anhanguera, para finalmente assinar seu novo contrato. O que, nesta altura, também não altera nada mais na ordem das coisas.
Por outro lado, existem boas chances de Hebe Camargo ser a sua primeira convidada, mas ainda não foi possível essa confirmação. O assunto está nas mãos de Claudio Pessutti, sobrinho e empresário da apresentadora. Ele só terá condições de responder ao convite nas próximas horas.
E a exemplo do que aconteceu no passado, quando também apresentava o “De Frente com Gabi” no SBT, Marília Gabriela vai continuar normalmente com o seu programa no canal GNT. Os públicos de um e de outro se completam.
Aliás, ontem, ela participou de um jantar no Rio por ocasião do lançamento do novo canal Viva da Globosat.
Fonte: Flávio Ricco
Raul Gil deixa a Band e vai para o SBT
No restaurante do SBT, ontem, na hora do almoço, alguns dos diretores mais importantes da emissora já confirmavam informalmente a contratação de Raul Gil. Tudo conversado e acertado.
A Comunicação da emissora, consultada, até então se limitava a informar que as negociações estavam bem adiantadas.
A propósito, direto de Orlando, ainda na tarde de segunda-feira, Silvio Santos solicitou ao sobrinho Guilherme Stoliar e à sua filha Daniela Beyruti que fossem tomadas todas as providências a respeito.
Por isto entenda-se uma sociedade, nas mesmas condições da que já existe entre Silvio Santos e Ratinho. E que existiu também com Gugu e Netinho até deixarem o SBT.
Pagam-se as despesas e divide-se proporcionalmente o restante.
Ontem, Raul Gil gravou pela última vez na Bandeirantes. Foi o seu programa de despedida, que deve ir ao ar no próximo final de semana.
E o SBT, agora, espera resolver dois problemas. Até bem pouco tempo, com o Netinho nas tardes de sábado, a audiência era até razoável, mas o faturamento próximo do nada.
Estreando o Raul Gil, a expectativa é alcançar as duas coisas.
E tem mais Na Bandeirantes, o desligamento de Raul Gil se dá de uma maneira tranquila e educada.
Em uma conversa na noite de segunda-feira, ficou estabelecido que a rescisão do contrato existente vai acontecer sem qualquer ônus para qualquer uma das partes.
Levantou-se, inclusive, a possibilidade do apresentador, oportunamente, desenvolver um novo trabalho em outra empresa do grupo.
Fonte: Flávio Ricco
"Malhação" faz mais sucesso na internet que na TV
A novelinha teen “Malhação ID” segue rendendo baixos índices para a Globo na Grande São Paulo. Em contramão aos baixos números alcançados no Ibope, o site da trama bate todos os recordes, desde a estreia da nova temporada.
Desde novembro, o site de “Malhação” registra médias diárias de 120 mil visualizações, o que representa um crescimento de 53% em relação ao número registrado em 2009, que era de aproximadamente 83 mil visualizações por dia.
A queda do número de TVs ligadas e o aumento de acessos na internet são apontados com os principais motivos para a redução dos índices de audiência da novelinha. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor de novas mídias de “Malhação”, Giuliano Chirardi, comemorou os resultados alcançados pelo site da trama. “Chegamos a ter 4 milhões de visitantes por mês, gente que passa pelo menos 5 minutos no site. Acredito que essa extensão de conteúdo na internet seja o caminho”.
Fonte: Na Telinha
Globo fecha parceria com portuguesa SIC para produção de novelas
Depois de fechar acordo com as redes Telemundo e Azteca para produção de telenovelas baseadas em roteiros brasileiros, a Globo anuncia que firmou acordo com a emissora portuguesa SIC para produção de novos folhetins.
De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, dessa vez as tramas não serão baseadas em sucessos brasileiros. O acordo de dois anos prevê que a emissora carioca supervisione duas novas novelas para o canal português.
A primeira delas tem nome provisório de “Caminho da Felicidade” e será toda gravada na Europa com atores portugueses. A trama terá supervisão de texto do novelista Aguinaldo Silva e já está em fase de pré-produção.
Em tempo
Depois de supervisionar a trama portuguesa, Aguinaldo Silva começa a escrever sua próxima novela na Globo, que tem o título de "Marido de Aluguel". Na última segunda (17), o autor anunciou em seu blog no Bloglog o time de colaboradores que o ajudarão no folhetim. São eles: Meg Santos, Rodrigo Ribeiro, Brunno Pires e Eduardo Nassife. Haverá ainda um quinto integrante, que não foi divulgado. Estes cinco nomes foram escolhidos em oficina organizada pelo próprio Aguinaldo Silva, que recebeu o nome de Master Class I.
Fonte: Na Telinha
"Ribeirão do Tempo" não empolga em SP mas surpreende no RJ
A Record estreou na noite da última terça-feira (18) "Ribeirão do Tempo", de Marcílio Moraes. O folhetim é um dos maiores investimentos da emissora para esse ano. Em seu primeiro capítulo, a nova novela não empolgou no quesito audiência em São Paulo mas surpreendeu no Rio de Janeiro.
Na capital paulista, "Ribeirão do Tempo" teve média de 12 pontos, índice inferior ao de "Poder Paralelo" e ao de "Vidas Opostas" - última trama de Marcílio - porém foi maior que a de "Bela, a Feia", atualmente em cartaz. Nessa mesma faixa, a Globo teve 20 pontos.
Já no Rio, a trama protagonizada por Caio Junqueira fechou com 20 pontos de média e se aproximou da Globo, que fechou o horário com 21 pontos.
Esses índices são prévios e baseados na preferência de um grupo de telespectadores da Grande São Paulo, do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. Dados consolidados podem variar para mais ou menos pontos.
Fonte: Na Telinha
"Pânico" grava último quadro de "Gorete"
Aconteceu na manhã de ontem, no consultório do cirurgião dentista Anderson Bernal, em São Paulo , a última gravação do quadro “Gorete quer ser Gisele”, com participação de Sabrina Sato.
A “personagem”, que levantou o Ibope do “Pânico” nos dois últimos domingos, estará na emissora no dia 23, ao vivo e já “transformada”.
E corre o risco de, numa dessas, sair de lá com um contrato.
Consultado pela coluna, o diretor Alan Rapp não informou se existe alguma estratégia para esconder Gorete até domingo.
Fonte: Flávio Ricco
Morre Marcos Cesana, ator do filme 'Lula'
O ator Marcos Cesana, 44, que participou recentemente do filme "Lula, o Filho do Brasil", como o sindicalista Feitosa, morreu em São Paulo , no hospital Samaritano. Ele estava internado desde o dia 8. Segundo informações do hospital, a morte aconteceu em decorrência de "complicações cardiorrespiratórias secundárias a uma hemorragia por ruptura de aneurisma cerebral". Há dois anos, Cesana interpretava o inspetor Tavares no seriado policial "9mm: São Paulo" (do canal pago Fox), um dos principais personagens da trama. Cesana também participou dos filmes "Bicho de Sete Cabeças" e "Chega de Saudade", ambos dirigidos por Lais Bodanzky. O corpo do ator foi cremado ontem à tarde na Vila Alpina (zona leste de São Paulo).
Fonte: Folha de S.Paulo
Record vai mostrar os bastidores da Copa na África do Sul
A Record, que se autointitula a “emissora oficial do esporte olímpico no Brasil”, foi barrada na Copa do Mundo da África do Sul. Mas o canal já tem um projeto para acompanhar o maior evento esportivo deste ano: chama-se “Outro lado da Copa”. Sem os direitos de transmissão dos jogos – exclusividade da Globo e da Band na TV aberta –, a emissora paulista aposta numa ampla cobertura jornalística, mostrando os bastidores da competição.
Os programas jornalísticos da Record e do canal pago Record News vão ter blocos especiais dedicados à Copa, com entradas ao vivo, diretamente da África do Sul. Serão produzidos boletins e reportagens exclusivas sobre o dia a dia da competição. Apresentado por Mylena Ciribelli aos sábados, o Esporte fantástico também vai abrir espaço para mostrar detalhes do evento e curiosidades das 32 seleções.
A equipe da emissora vai contar com 28 profissionais na África do Sul. Além Mylena Ciribelli, farão parte do grupo os repórteres Roberto Thomé, Adriana Bittar e Rodrigo Vianna, e o correspondente Luiz Fara Monteiro.
Durante os mais de 40 dias de cobertura, eles vão registrar tudo o que estiver acontecendo fora dos campos, além de dar informações sobre a seleção brasileira, claro! Também não vão faltar notícias das outras 31 seleções que brigam pelo título e os resultados dos jogos. Mas o foco mesmo é revelar os bastidores e as curiosidades do país-sede do mundial de futebol.
– Vamos mostrar o que de fato acontece nos bastidores, sempre com precisão jornalística, isenção editorial e uma pitada de humor – garante Sergio Hilinsky, coordenador de esportes da emissora.
Mylena Ciribelli endossa as palavras de Hilinsky:
– Seremos verdadeiros detetives na África. Vamos descobrir curiosidades, costumes locais, retratando com a maior veracidade possível o que acontece fora dos estádios.
A emissora afirma ter interesse em transmitir os principais eventos esportivos do mundo. Porém, o fato é que, além da Copa na África do Sul, ela ainda não tem os direitos de exibição das Copas de 2014 e 2018. Por outro lado, já detém a exclusividade na transmissão dos Jogos Olímpicos de 2012 (Londres), Pan-americanos de 2011 (Guadalajara) e 2015 (Toronto), além dos direitos compartilhados dos Jogos de Inverno de 2014 (Sochi) e das Olimpíadas de 2016 no Rio.
Fonte: JB On Line
“Ribeirão do Tempo” deixa de mostrar 1/3 do que a sinopse prometeu
Na estreia de “Ribeirão do Tempo”, a sua nova e cara novela, a Record conseguiu chamar mais atenção para a bizarra estratégia de lançamento do que para o primeiro capítulo em si.
“Ribeirão do Tempo” estreou três semanas antes do final da novela que deveria substituir, a bem-sucedida “Bela, a Feia”. Como fazer esta mágica? Alterando o início da novela que está no ar há mais de nove meses e programando a nova para o seu horário.
Como o segundo capítulo de “Passione”, na Globo, estendeu-se até as 22h18, “Ribeirão do Tempo” começou apenas as 22h20. O espectador desavisado de “Bela, a Feia” não deve ter entendido nada. Em sua homenagem, a cada três minutos um aviso aparecia na tela da nova novela: “Daqui a pouco Bela, a Feia”.
A emissora provavelmente imaginou que iria alavancar a audiência da estreante colocando-a no horário programado para a novela já consagrada. Mas algo não deve ter dado certo na estratégia, pois as 23h05, depois de 45 minutos sem intervalo comercial, enquanto o personagem de Taumaturgo Ferreira se afogava no rio, apareceram os créditos de abertura de “Ribeirão do Tempo” e a novela abruptamente saiu do ar, dando inicio a “Bela, a Feia”.
Lendo a sinopse detalhada colocada em seu site oficial, ainda havia muita coisa programada para o capitulo inicial de “Ribeirão do Tempo” – inclusive o salvamento de Querêncio, o personagem de Taumaturgo. Das cenas descritas no texto, cerca de um terço não foi ao ar.
O autor, Marcilio Moraes, informou já ter 30 capítulos escritos. Segundo Hiran Silveira, diretor do núcleo de dramaturgia da Record, 20 capítulos já foram gravados e dez estavam totalmente prontos no dia da estreia. As sinopses detalhadas dos nove primeiros estão disponíveis no site da novela.
Na segunda-feira, véspera da estreia, na festa de lançamento de “Ribeirão do Tempo”, no Rio de Janeiro, Silveira mostrou como a emissora se vê diante da Globo nesta guerra pela audiência: "O império contra-ataca! Vamos lá, gente, porrada neles! Com um investimento tão grande, acabou essa coisa de brigar pelo segundo lugar. Nossos números são grandiosos e se Deus quiser, e Ele quer, tenho certeza, essa novela vai ser um sucesso. Não tem como ser diferente. Viemos para ganhar.”
Deixo para outra oportunidade uma avaliação crítica do trabalho de Marcílio Moraes. Como disse, a estratégia de lançamento de “Ribeirão do Tempo” terminou por ofuscar a própria novela.
Por Mauricio Stycer, do UOL
Entrevista com Silvio de Abreu, autor de "Passione"
“A novela das oito continua sendo o produto de maior audiência da televisão brasileira”
Sílvio de Abreu, autor de "Passione", não aparenta ter muita pressão em cima de si para conseguir mais audiência que a deixada por "Viver a Vida". Em entrevista exclusiva a Bruno Cardoso, do NaTelinha, o autor da nova novela das oito da Globo afirma desconhecer “a tão falada crise de audiência” de que todo o mundo fala no principal horário de novelas da televisão brasileira e acrescenta que aquilo que apenas pretende, com a sua nova trama, é “envolver o público, provocando as mais diversas emoções”.
Para que isso aconteça, o dramaturgo, considerado um dos maiores mestres da teledramaturgia brasileira, aposta todas as suas fichas na passione de Toto, vivido por Tony Ramos, por Clara, interpretada por Mariana Ximenes. “É uma grande passione, mas o nome deriva também do fato de ser uma paixão italiana”, acrescenta Sílvio de Abreu, que admite estar a depositar uma enorme confiança na vilã da atriz e no personagem de caráter duvidoso de Reynaldo Giannecchini. Além de ter oferecido uma personagem com um perfil totalmente distinto a Irene Ravache, o autor da nova novela das oito garante que os vilões Clara e Fred não têm nada a ver com a Laura e Marcos de "Celebridade", porque aqui eles “têm a missão de vingar os males de que sofreram”.
Revelando que mantém uma relação “cordial e de respeito” com a classe dos jornalistas, a quem atribui um papel na sociedade “extremamente importante”, Sílvio de Abreu explica que “não pretende inovar com ‘Passione’”. “Apenas procuro ser livre e nada tenho contra os clichês”, sublinha o novelista, que define a sua novela como um thriller, com uma narrativa que pode ser considerada próxima da de "A Próxima Vítima". Apesar do tom policial, o autor deixa claro que os telespectadores poderão encarar o produto como se tratasse de um melodrama, garantindo também boas risadas entre o público em geral, em especial vindas do núcleo do ‘rei do lixo’.
“Não pretendo criar polémicas com o tema da bigamia”, esclarece. Sílvio de Abreu, que confessa estar há dois anos trabalhando sobre a novela, revela ainda que mantém com Denise Saraceni, a diretora de núcleo de "Passione", uma relação de “respeito e de admiração”, que ficou ainda mais forte depois de ambos terem andado na Toscana, região italiana onde se passa parcialmente a trama, “mais de 5 mil quilómetros”. “É uma região tão linda que acredito que o público não a vai rejeitar”, reforça.
Confira:
NA - Desde "Belíssima", todas as novelas das nove da Globo vêm atingindo índices inferiores, como se se tratasse de uma verdadeira descida, degrau a degrau. Pretende contrariar essa tendência? Como? Na sua opinião, a que se deve o atual panorama audiométrico do principal horário de novelas da teledramaturgia brasileira?
Silvio de Abreu: Não estou preocupado com isso e não sei sobre essa crise de audiência que você cita. O que sei é que o programa de maior audiência da televisão brasileira continua sendo a novela das oito. Então que crise é essa? Minha expectativa é que o público goste e se envolva com Passione e sei que cabe a mim, à Denise Saraceni e ao nosso elenco despertar esta emoção.
NA - "Passione", como você mesmo já disse, mistura o melodrama, o humor e o thriller. Como serão esses três gêneros distintos encadeados nessa sua nova trama? A que histórias de "Passione" estará associado o melodrama, o thriller e o humor?
SA: Desde o começo Passione é um thriller, mas isso só será enfatizado depois do capítulo 100. É uma história única com uma virada na maneira de se contar. Por isso que eu digo: prestem atenção na primeira parte da novela para decifrar a segunda parte. Como narrativa, Passione se aproxima um pouco de ‘A Próxima Vítima’. Pode-se assistir a novela como se fosse um melodrama, mas também pode-se assistir com um olhar mais aguçado, como se fosse um policial. Além dessas duas leituras e independente dela, mas também integrado na história, vamos ter muito humor – mais escrachado - no núcleo do Rei do Lixo. Já os personagens italianos são tragicômicos, divertidos em si. Acho que o público vai rir muito com o jeito deles. O pessoal da CEAGESP, mais precisamente Candê, também será divertido, apesar de ter um drama.
NA - A paixão de Toto por Clara é a grande "passione" que motiva o título da novela? Ou teremos as mais diferentes paixões, por amor, por dinheiro e por si mesmo, atuando em simultâneo nessa novela?
SA: Sim, o nome vem da relação de Totó com Clara, uma grande passione. Mas também vem pelo fato de ser italiana. E a novela não tem uma paixão só, tem várias paixões, como você mesmo citou. O Fred, por exemplo, tem uma paixão com a Clara, uma paixão por si mesmo e uma paixão pelo dinheiro. Gemma é apaixonada por sua família e faz tudo para mantê-la unida. Temos a paixão de Agostina por Berilo e de Mimi por Agostina. De Mauro por Diana. E de Melina por Mauro. De Saulo pelo poder. E por aí vai.
NA - A novela parte da história de Bete Gouveia que descobre que seu primeiro filho está vivo. Filhos desaparecidos em telenovelas não são um clichê ou um ponto de partida já batido em várias outras novelas? O que traz "Passione" de diferente a esse nível?
SA: Sim, alguns temas fazem parte da história do folhetim desde o século XIX e, farão para todo sempre. E temas como filhos desaparecidos também fazem parte da vida real. Mas não escrevo uma novela partindo da premissa que tenho que inovar. Sigo minha intuição. Procuro trabalhar livre, sem a pretensão de inovar ou revolucionar a linguagem dos folhetins, mas, sim, criando um bom espetáculo de entretenimento. E depois, clichês só se tornam clichês porque são muito repetidos e se são tão repetidos é porque funcionam, não tenho nada contra clichês.
NA - Como se desenrolará a trama desses dois protagonistas de "Passione"? É uma relação que vai passar por muitos altos e baixos, especialmente enfrentando as vilanias de Clara e Fred, de Gemma e, eventualmente, dos filhos da matriarca Gouveia?
SA: O que move Totó é a sua paixão desmedida, absolutamente sincera e verdadeira por Clara. E o que move Clara é uma enorme paixão por dinheiro e poder e um desprezo absoluto por Totó e pelos sentimentos dele. Esta Passione vai envolver de uma maneira ou de outra todos os outros personagens da novela.
NA - Inicialmente Aracy Balabanian estava escalada para viver Bete Gouveia e Fernanda Montenegro o papel de Gemma Mota. A que se deveu a troca de papeis de atrizes? Seria redutor colocar a Fernanda Montenegro fazendo novamente uma matriarca vilã, à semelhança de "Belíssima"?
SA: Não sei onde você pegou essas informações, mas são completamente falsas. Gemma Mattoli foi escrita especialmente para Aracy Balabanian assim como Bete Gouveia foi imaginada desde o princípio para Fernanda Montenegro. Não existe nenhuma semelhança entre Bia Falcão e Bete Gouveia, aliás, são dois personagens absolutamente opostos.
NA - Além dessa troca de personagem, você criou para Mariana Ximenes e para o Reynaldo Gianecchini papeis de vilões. É a hora de ambos darem um pulo na carreira já que sempre fizeram personagens de mocinhos? Como você descreveria os dois personagens? O público poderá estar diante de uma nova ‘Laura e michê’, de "Celebridade"?
SA: Tanto Gianecchini quanto Mariana levam a profissão muito a sério e são muito talentosos e comprometidos. Uma das coisas que gosto de fazer quando escrevo é dar aos atores um tipo de personagem que nunca fizeram. Eu gosto de surpreender. Por exemplo, Irene Ravache vai fazer nesta novela uma cafona, cômica e ela nunca fez isso na vida e não tem nada a ver com Irene Ravache. Ela é exatamente o oposto, mas ela vai se divertir muito em criar isso. Com a Mariana e o Gianecchini é a mesma coisa. Acho que dar a eles vilões com motivação, não só pela vilania em si, mas vilões que tem uma missão de vingar a maldade que sofreram, isso dá a eles uma força nova para construírem as personagens. Eu tenho a impressão de que o público vai se surpreender com os dois. Acho o trabalho que Claudia Abreu e Marcio Garcia fizeram em “Celebridade” foi incrível, Gilberto Braga é um mestre, mas Fred e Clara só têm em comum com eles a vilania. São outros personagens, outra história, outras motivações e outras nuances.
NA - Carolina Dieckmann vai viver a mocinha da história, uma das protagonistas, e será estudante de jornalismo. Porque decidiu criar um personagem com essas características? Como você encara o trabalho dos jornalistas em geral e qual o tipo de relação que você e essa classe têm?
SA: Acho que a principal característica de Diana é não ser uma mocinha tradicional. Ela é bom caráter, mas não é boba. Acho que ela vai conquistar o público porque as atitudes dela são honestas. O fato de ela ser jornalista me ajuda a criar licenças dramatúrgicas muito interessantes. Mas encaro os jornalistas com muito respeito, sei do papel social que esse profissional cumpre e de sua importância. Sempre tive uma relação cordial e de respeito com a classe. Diana ainda estuda jornalismo, faz pós-graduação e lamenta o fato de não ser mais necessário um diploma para exercer a profissão. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo tem me orientado com relação a isso. Quando Diana começar a trabalhar efetivamente nos jornais, vamos poder discutir o assunto.
NA - Diana, a personagem da Carol, vai ser disputada por Marcello Anthony e Rodrigo Lombardi. Quem vai levar a melhor inicialmente? Como se desenvolverá esse triângulo amoroso? Algum dos dois tem um carácter mais duvidoso que faça o público torcer por um personagem?
SA: O Gerson. Ele casará com Diana, mas ela, com o tempo, se arrependerá da escolha que fez. Mauro, por sua vez, é um homem íntegro, e mesmo apaixonado pela jornalista, não irá esquecer que ela é a mulher do melhor amigo dele. E a confusão está criada! Mas eu não conto!
NA - Para essa história, você idealizou a Metalúrgica Gouveia, tal como já tinha idealizado outros grandes impérios em novelas como "Belíssima", "Torre de Babel" e "A Próxima Vítima". É um artifício que pode ser comumente considerado como uma marca de Sílvio de Abreu? Que melhoras essa criação traz do ponto de vista teledramatúrgico? Facilita as idas e vindas e os encontros dos personagens?
SA: Eu gosto de criar essas grandes empresas, certamente elas facilitam os encontros dos personagens e de histórias. Além disso, em grandes impérios estão presentes dinheiro e poder, dois fatores que são ponto de partida para muitas tramas.
NA - Em "Passione" você explora também o mundo da alta competição e da mountain bike, bem como a bigamia. Quem são os personagens envolvidos nessas sub-tramas? Teme vozes mais conservadoras relativamente à questão da bigamia, punível inclusive por lei e pela moral do mais comum dos cidadãos?
SA: A bicicleta é a base da empresa deles e vem daí o fato dos personagens Danilo (Cauã Reymond) e Sinval (Kayky Brito) serem ciclistas. Existe ali uma rivalidade, uma competição entre os dois que vai para a pista. Então acho isso muito interessante. Em relação à bigamia, o personagem do Bruno Gagliasso, o Berilo, vai ter um forte lado cômico. Além disso, o casal Berilo e Agostina (Leandra Leal) se afastou e perdeu o contato por conta de Mimi (Marcelo Medici) que, apaixonado por ela, interceptou as cartas trocadas entre os dois. É uma história engraçada que promete arrancar muitas risadas, e não criar polêmicas.
NA - Você está trabalhando em "Passione" desde quando? Como você idealizou a trama? Inspirou-se em alguma coisa?
SA: Há dois anos. A ideia surgiu quando escutei a música Malafemmena enquanto voltava da minha casa no Guarujá para São Paulo. Foi a música que me inspirou. Ela fala de um homem simples e honesto apaixonado loucamente por uma mulher ordinária e sem caráter. Aí começou a história de Totó e Clara.
NA - Por que decidiu ambientar parte da trama na Toscana, Itália? Teme rejeição do público a isso, uma vez que você mesmo referiu que a Itália estará muito presente até, mais ou menos, o capítulo 70?
SA: A trama se passará paralelamente em São Paulo e na Toscana. Acho difícil o público rejeitar um lugar tão lindo e mágico, além disso a novela sempre terá uma parte em São Paulo também. Decidi isso porque gosto e conheço os dois. Vivo em São Paulo desde que nasci e já morei por um ano na Itália na década de 70. Sinto-me em casa nos dois ambientes.
NA - Que pesquisas você teve de fazer para que os personagens italianos sejam o mais fiéis possíveis à realidade?
SA: Denise Saraceni e eu visitamos quase 5.000 quilômetros de terras da Toscana para a escolha das locações e para estudar os hábitos e costumes dos italianos. E estamos tendo a consultoria de Cecília Casini, professora de italiano da USP, que está nos ajudando na composição dos personagens italianos.
NA - Mais uma vez, você ambienta uma trama sua em São Paulo. Para você, é impensável sair do eixo Rio-São Paulo a nível narrativo e mesmo a nível de produção de uma novela? Por quê?
SA: Gosto de escrever personagens paulistanos porque é o ambiente que domino e com o qual me identifico. E gravar na Itália é sair do eixo Rio-São Paulo, não?!
NA - Como está sendo repetir a dobradinha com Denise Saraceni?
SA: Maravilhoso. A Denise tem um cuidado especial com as coisas, não só com colocação de câmera, mas com a condução de atores e com um grande aprofundamento psicológico dos personagens. Ela é exigente e talentosa. Não adianta nada eu ter um texto maravilhoso se eu não tiver uma pessoa para dirigir direito este texto e um ator para representar porque, na verdade, esse texto só quem vai ler sou eu porque o público vai receber o produto através da Denise e dos atores. Então eu forneço a base, mas o resultado vem deles. Então a única maneira de a gente conseguir um bom resultado é trabalhar em conjunto. E se respeitar e se admirar. Por que o que me mantém trabalhando com a Denise com um prazer enorme é exatamente o respeito e a admiração que a gente tem um pelo outro. A gente combina em tudo.
NA - Pretende estrear com quantos capítulos escritos? Qual considera ser a frente de capítulos escritos necessária para que a produção tenha tempo de evitar os problemas de cronograma que têm sido amplamente divulgados sobre novelas como "Tempos Modernos" ou "Viver a Vida"?
SA: Cada autor tem o seu ideal de frente e seu modo de trabalho. Tenho 35 capítulos escritos, mas se tiver que mudar a minha maneira de me comunicar posso reescrevê-los.
NA - Como você descreveria sua novela para os internautas do NaTelinha?
SA: É uma novela de passione! Uma história com muito drama, comédia, suspense, uma clara crítica social e excelentes atores!!! Espero que o público tenha prazer de esperar a hora da novela, de assistir aquela cena, de ver os atores representarem e de acompanhar a história.
Fonte: Na Telinha
Rápidas
“Boka Loka” deve ficar fora de “Ti Ti Ti”
Ao que tudo indica o batom Boka Loka, que fez o maior sucesso na primeira versão de "Ti-ti-ti", não voltará no remake. Além da marca já ter sido vendida, a produção acha que é algo ultrapassado e que o ideal seria lançar um novo produto, um perfume, por exemplo. Para quem não se lembra, Victor Valentim (Luiz Gustavo) passava o batom na boca e atraía várias mulheres. Um perfume no remake (que trará Murilo Benício no papel de Victor) poderia surtir o mesmo efeito. Ainda não foi batido o martelo, mas, ai, gente, como assim? Boka Loka já!
Gustavo Leão morre no começo de “Ti Ti Ti”
Por falar em "Ti-ti-ti", ontem foi gravada, num trecho da rodovia Fernão Dias, a morte de Osmar, personagem do gato Gustavo Leão, que morre no começo da trama.
Vida de cachorro não é mole não...
Berinjela, um dos três vira-latas da Rede TV!, está se recuperando de um acidente. Ele foi atropelado na portaria da emissora e foi levado para um clínica de Alphaville. Lá na emissora já corre a piada: Beri passou de cachorro vira-lata a 'boyzinho'. A-do-ro. Já os cães de Jonh Travolta não tiveram a mesma sorte de Berinjela. Os cachorros foram atropelados e mortos por um veículo que prestava serviços para o aeroporto internacional de Bangor (EUA).
“Busão Brasil” está com inscrições abertas
Já estão abertas na web as inscrições para o "Busão do Brasil", reality show que é uma das apostas da Band. A data de estreia também já foi definida: 25 de julho. Doze participantes irão encarar um confinamento de três meses e brigar por R$ 1 milhão. Edgard Piccoli apresentará. O ônibus vai circular por diversos Estados. A Band vai exibir o programa em episódios diários de 10 a 15 minutos na faixa noturna. Nas noites de domingo, o reality show terá uma hora.
“Passione” estréia com média baixa
A produção da Globo não está satisfeita com os 37 pontos da estreia de "Passione", apesar de não ter se surpreendido com a marca. Cá entre nós, Maneco não passou o bastão para Silvio de Abreu com muita agilidade, né?
Band não tem pressa de substituir Raul Gil
A direção da Band não tem pressa e ainda não está preocupada em escolher um novo programa para o lugar do Raul Gil. Entre outras coisas porque todas as suas tardes de sábado em junho e parte de julho estarão ocupadas pelos jogos da Copa.
Crhis Brown já está no Brasil
O rapper americano Chris Brown já está no Brasil. O rapaz desembarcou com parte de sua equipe no Rio de Janeiro. O músico se apresentará nesta semana na Cidade Maravilhosa, em São Paulo e em Porto Alegre.
Band e SBT disputam audiência ponto a ponto
A Band tem, cada vez mais frequentemente, empatado com o SBT no Ibope na faixa das 18h à 0h. Já virou costume no Morumbi.
Fontes: Agora São Paulo, Coluna Zapping, Flávio Ricco
Bom demais...
A estréia de “Ribeirão do Tempo” na Record. A mais badalada novela da emissora promete cativar o público com trama rural e esportes radicais. A crítica apontou falhas, mas começo de novela é assim mesmo. Com o tempo decola ou naufraga. Mas como é obra aberta, muito se pode fazer para reverter algum eventual problema. O melhor disso é o que o telespectador passa a ter mais opções e o mercado de trabalho se abre com o surgimento de novas vagas.
Nem tanto...
A dança dos horários na Record. Pela milésima vez: televisão é hábito. Você não pode acostumar o telespectador a ver o programa num horário e depois mudá-lo. É perda de audiência na certa. Não seria mais prudente estrear “Ribeirão” substituindo “Bela, a Feia”? Acredito que este pequeno detalhe evitaria dor de cabeça e perda de preciosos pontinhos no ibope.
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Ficamos por aqui, de olho na telinha.
E-mail: bysilver_br@yahoo.com
Twitter: @bysilver_br
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