terça-feira, janeiro 5

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> Notícias da TV, por MARCOS SILVÉRIO <


Dalva e Herivelto, o amor em primeiro plano

Sempre que alguém adaptar uma história real para a televisão ou o cinema, obrigatoriamente terá de fazer uma releitura dos fatos e dificilmente agradará a gregos e troianos. Alguns fatos serão preteridos em favor de outros e alguns serão realçados em desfavor de outros. Dizem que, assim como a tradução, a adaptação é uma traição.

Dalva e Herivelto não fugiu dessa regra. Autora e diretor da obra, Maria Adelaide Amaral e Denis Carvalho, respectivamente, optaram por explorar o lado mais forte da vida desses personagens: a conturbada história de amor da cantora e do compositor. O mais interessante, no caso, é que eles transformaram suas histórias pessoais, o amor e, posteriormente, a violência doméstica e a coleção de traições, numa espécie de Big Brother, tornando públicas todas as suas venturas e desventuras. Tudo isso cantado em verso e prosa e descrito com riqueza de detalhes nos jornais e revistas da época.


Por si só a conturbada história de amor já era um prato cheio para a dramaturgia, mas ao fazer essa opção, autora e diretor, abrem mão de focar a trajetória dos artistas, o que é lamentável. Embora a minissérie contenha muitas cenas que mostrem a grande dificuldade da dupla em galgar os primeiros degraus do estrelato, não ficou claro como Dalva lapidou seu talento e nem em que mundo Herivelto buscava inspiração para compor suas canções.


Há de se elogiar a produção caprichada e as atuações irretocáveis de Adriana Esteves e, principalmente, de Fábio Assunção, cuja história pessoal vivida recentemente guarda alguma semelhança com a do personagem título.


A minissérie tem tudo para agradar e corresponder às expectativas da audiência. Quanto ao conteúdo, a história de Dalva e Herivelto daria tranquilamente umas 3 ou 4 minisséries, cada uma abordando um aspecto...


Globo acerta horário e público responde com audiência

Não é de hoje que venho batendo nessa tecla: as minisséries são ótimas e nunca perderam qualidade. O que fazia o ibope cair era justamente a gangorra dos horários.

As produções eram chutadas noite adentro, exibidas depois da primeira linha de shows. Aquela tática de um capítulo de estréia depois da novela até que funcionava, despertava o interesse do telespectador. Mas já no dia seguinte, quarta-feira, o interesse ia pelo ralo: a atração era exibida por volta da meia-noite, depois do futebol. Na quinta, por volta das onze horas e na sexta, por volta das onze e trinta, ou seja, uma verdadeira gangorra de horários...


Dizem os estudiosos do assunto que televisão é hábito, logo nenhuma audiência poderia ser cativada com um programa que, a cada dia da semana, era exibido num horário diferente.


Finalmente alguém deve ter percebido o tiro no pé e estabelecido horários mais sensatos para a exibição de um produto tão caro e tão bem feito. Já no ano passado Maysa foi exibida fora do período futebolesco e o resultado foi tão compensador que a emissora se arrependeu de ter feito a história com tão poucos capítulos.


Em junho foi a vez de Som & Fúria dar com os burros n’água. Voltaram ao esquema da gangorra e a audiência raramente passava dos 14 pontos.


Mas o bom senso voltou a prevalecer e os horários foram revistos. Cinquentinha, mesmo sendo exibida após a primeira linha de shows, não teve de enfrentar a concorrência desleal com o futebol. Tudo bem que a história de Aguinaldo Silva tenha sido considerada de qualidade excepcional, mas acredito que o grande trunfo da audiência tenha sido mesmo a regularidade da exibição. Respondendo a isso, o ibope se manteve acima dos 20 pontos.


E agora, para confirmar esse ponto de vista, vem Dalva e Herivelto, que estréia, segundo dados prévios do ibope em São Paulo, com 28 pontos de média. Nesse caso foi ainda melhor, pois além de colar a atração na novela das 8 (ou das 9, como queiram), a emissora transferiu a sessão de filmes Tela Quente para depois da minissérie. Ou seja, a história da cantora e do compositor terá um horário fixo de exibição.


Aí sim, o telespectador pode criar o hábito de assistir ao programa, pois sabe que ele entrará no ar todos os dias no mesmo horário.


Com a bola toda

Uma das possibilidades da novela, por ser uma obra longa e aberta, é que alguns personagens podem crescer ou diminuir ao longo dos quase 8 meses em que a história fica no ar. Que o diga Adriana Birolli, Marcello Airoldi e Mário José Paz, respectivamente, Isabel, Gustavo e Maradona em Viver a Vida. Na sinopse inicial da novela, eles estavam escalados para papéis pequenos, com apenas algumas cenas. Mas graças ao bom desempenho, ganharam espaço, em contraponto à infinita tristeza de Luciana e Helena, e caíram no gosto do público.

Adriana Birolli, de 22 anos, tinha feito apenas pequenas participações em algumas novelas. Como toda personagem má, foi ajudada pelo bom texto e também pelas microssaias que as figurinistas usaram para compor o visual da personagem. “Toda vez que ligo para minha mãe, para perguntar o que está achando do meu papel, ela pede para eu fazer ainda mais maldades”, gaba-se a moça.


Marcello Airoldi, de 39 anos, é professor de teatro e ator há dezenove anos, mas este é seu primeiro papel importante na televisão. Gustavo, o mulherengo frustrado, “atira para todos os lados e não acerta nenhuma. Briga com a mulher, é estapeado pela amante, esnobado pela secretária e chantageado pela faxineira”, resume o ator. Seu grande mérito é saber ironizar o personagem sem perder a credibilidade.


Mário José Paz, de 58 anos, tem a tarefa mais fácil: interpretar a si mesmo. O que pode parecer chato, na prática está funcionando. Não são poucas as semelhanças entre o ator e seu personagem: o também argentino vive no Brasil há trinta anos, é dono de uma pousada e um cinema em Búzios. Fora da TV representou o psicólogo maluco do filme “Se eu fosse Você”. Feliz da vida com o sucesso, ele diz que “pela primeira vez, estou maravilhado de ser argentino no Brasil”.


Personagem de corpo e alma


Juliana Baroni, que vive dona Marisa Letícia no recém lançado filme “Lula, o filho do Brasil”, mergulhou fundo para a composição da personagem. E na volta desse mergulho desvendou lados da primeira dama que pouca gente conhecia. “Ela tem mania de falar apontando o dedo indicador para a pessoa”, revela a atriz. Juliana engordou 4 quilos, para dar mais veracidade às salientes bochechas da personagem. Mas sua descoberta mais surpreendente foi a de que, como na casa dos Obama, o presidente tem sempre a última palavra: “sim, senhora”: “Marisa só é reservada socialmente. Em casa, manda no marido e nos filhos”, conclui a atriz.


Além do filme, a bela atriz poderá ser vista nas páginas da revista VIP, edição de janeiro, e também em “Ribeirão do Tempo”, novela da Record com estréia prevista para março.



Bebedeira, polícia, cadeia e muita baixaria

Pelo título nem dá para imaginar que tudo isso se refira a um endereço chique dos Estados Unidos: Aspen, um cartão postal no estado do Colorado. Nem que o personagem seja um astro de Hollywood, mas é. Charlie Sheen, que tem uma leve tendência a se casar com mulheres encrenqueiras, armou o maior barraco na noite de Natal com sua atual esposa, Brooke Mueller. Segundo a esposa, houve até ameaça de morte com faca em punho. A polícia foi acionada e conduziu o ator, cuja ficha registra outras confusões, ao xadrez. Posteriormente ele foi solto e eles prometeram participar de uma terapia para casais, mas ninguém garante que isso funcionará.

Atualmente o ator participa da série televisiva “Two and a Half Men”, de grande sucesso na TV americana. Segundo notícias extra-oficiais, o barraco protagonizado pelo ator fez foi alavancar a audiência da série. A rede CBS, por enquanto, não se manifestou acerca de alguma possível punição ao ator.


Pamela Anderson também distribui bofetadas

A atriz canadense, de 42 anos, distribuiu uma chuva de bofetadas nos fotógrafos e cinegrafistas que a aguardavam no aeroporto de Santiago, no Chile, nesta segunda, dia 4.

Aparentemente, a atriz que tinha enfrentado horas de vôo de Los Angeles até a capital chilena, sentia-se despreparada para enfrentar o assédio dos paparazzi, pois estava despenteada, sem maquiagem e usava enormes óculos escuros. Seus sete seguranças, mais dois do aeroporto, foram incapazes de conter o assédio dos presentes. Ela olhava o tempo todo para o chão, mas ao perceber que as câmeras se aproximavam muito do seu rosto, a estrela de “S.O.S. Malibu” começou a estapear os fotógrafos e cinegrafistas. O tumulto só terminou quando Anderson conseguiu alcançar a limusine que a aguardava.


Pamela está na cidade para participar do programa “O Formigueiro”, do canal 13 e permanecerá em terras chilenas por dois dias. Entre as suas exigências estão, além dos sete seguranças e da limusine, estilista pessoal, maquiadora e passeios a locais turísticos de Santiago e Viña del Mar.



Aguinaldo Silva bota a boca no trombone

Ainda nesta semana deve sair uma definição na Globo sobre a segunda temporada de Cinquentinha, mas antes disso o autor deu o grito em seu badalado blog, reclamando do horário de exibição de sua minissérie. Leia abaixo a transcrição do post:

“A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR - Vem cá, me diz uma coisa: “Maysa” passou às 22 horas. “Dalva e Herivelto” vai passar às 22 horas. Então por que “Cinquentinha” foi lançada às feras às 23 horas? Acho que meu cartaz não está tão grande assim não... E ainda querem que eu faça segunda temporada?!...”



Drag Queen
no BBB10

A Globo acaba de divulgar a lista de 15 escolhidos para o BBB10. Entre eles está Dicésar, de 44 anos. O que a grande massa ainda não sabe é que esse rapaz ganha a vida como a drag queen Dimmy Kier. O rapaz, que atualmente mora em São Paulo, nasceu em Londrina, Paraná, e trabalha como maquiador. Dicésar Ferreira, nome de batismo, já havia se inscrito para o BBB8. Ele é famoso no meio gay e faz shows por todo o Brasil. É politizado e ferrenho defensor dos direitos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Sua participação promete. Resta saber como ele aparecerá na casa, se de cara limpa como Dicésar, ou montando e transformado em Dimmy Kier. É esperar pra ver...



História de Bruno começa a ser desvendada em “Viver”

Nos próximos capítulos de Viver a Vida o mistério acerca do personagem Bruno, de Tiago Lacerda, começarão a ser esclarecidos.

A mãe do rapaz era amiga de Tereza e também modelo. Helena (Taís Araújo) questionará Marcos (José Mayer) sobre seus relacionamentos passados, perguntando se ele teve um namoro com uma modelo chamada Silvia (Patrícia Naves). "Acho que tive, sim, uma namorada. Ah, me lembro, era modelo. Quer dizer, desfilou algumas vezes, mas não era profissional. Satisfeita?", responderá o empresário. Silvia teve um caso com Marcos e deu à luz um menino, Bruno. Quando desfilava, ela era colega de passarela de Tereza (Lilia Cabral), que na época era casada com o atual marido de Helena.



Rápidas


# 20 pontos foi a média do ibope do Fantástico no último domingo.


# 13 pontos foi a média do reality show A Fazenda, da Record.


# O livro do Mais Você e as sandálias de Viver a Vida foram os produtos mais vendidos pela Globo Marcas por ocasião do Natal.


# O SBT pretende vasculhar emissoras de rádio em busca de uma nova voz personalizada, para substituir o falecido locutor Lombardi.


# Os responsáveis pela mesa de som do Jornal da Band temem perder o emprego, depois que o áudio vazou e todo o Brasil ouviu Boris Casoy ofendendo os garis.


# Victor Fasano recebeu alta do hospital Barra D’Or, anteontem, onde estava internado desde o dia 1º com suspeita de ter pego malária.



Bom demais...

A estreia da minissérie Dalva e Herivelto – Uma canção de amor. Produção caprichada, belos cenários, belas atuações, figurinos, direção, tudo na medida.



Nem tanto...

As idas e vindas do tempo na minissérie. Um telespectador leigo certamente se perderia com tantas mudanças de época. Além do mais o recurso de começar a história de trás pra frente já havia sido utilizado em Maysa – Quando fala o coração.

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Ficamos por aqui, de olho na telinha.


E-mail: bysilver_br@yahoo.com

Twitter: @bysilver_br

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