domingo, dezembro 13

As minisséries e a gangorra dos horários


Sou grande apreciador das minisséries brasileiras, desde o ano de 83, para ser mais exato. Histórias compactas, bem produzidas, bem acabadas, com elenco primoroso e outras tantas qualidades que não se vê nas novelas. Vejo com certa tristeza a fase que este produto enfrenta atualmente na TV brasileira, mais precisamente na TV Globo, onde obras de grande qualidade não passam dos 13 ou 14 pontos no ibope. Mas não se engane, as minisséries não perderam qualidade, pelo contrário, continuam cada vez melhores. O telespectador também não deixou de apreciá-las, afinal todos sabem valorizar o que é bom. Prefiro atribuir a má fase destas produções à gangorra dos horários, desde que foi implantada uma segunda e até terceira linha de shows após a novela das 8 (ou seria das 9?). Os estudiosos afirmam que assistir TV é um hábito e não há como se habituar a um programa que um dia começa às 22:30, no outro às 23:40, no outro à 00:15 e assim por diante. Sem falar que na quarta-feira é exibido um mini-capítulo por causa do futebol (que será tema de ou outro post).


Acredito em duas soluções: ou padronizar o período de duração da linha de shows, para que as minisséries começassem sempre no mesmo horário e tivessem capítulos com o mesmo período de duração, ou então, que as minisséries fossem exibidas em período de férias da linha de shows.


Para comprovar o raciocínio, basta ver “Cinquentinha” que estreou na terça-feira. Seu ibope está na casa dos 24 pontos. Tudo bem que a história de Aguinaldo Silva é muito boa, o elenco é afinado, etc., mas creio que a regularidade do horário também tem influenciado muito.


Marcos Silvério


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